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Assim como no primeiro século, há em nossos dias um
grupo de falsos mestres ensinando que ainda devemos celebrar certas festas
judaicas como meio de nos aproximarmos de Deus. Estes celebram a festa dos
tabernáculos, (Também chamada festa da Colheita) das primícias, etc, e dizem
que tudo isso ainda é válido para a Igreja cristã de nossos dias. Estão
voltando às sombras, aos rudimentos fracos e pobres, e tem corrompido a fé de
muitos. E o que é pior: há um monte de “insensatos” seguindo esses falsos
mestres.
Mas, afinal, o que os apóstolos ensinaram sobre esse
assunto? Será que ainda estamos obrigados a guardar os costumes judaicos?
Vamos analisar
apenas dois textos do apóstolo Paulo:
I - Primeiro: Colossenses
2.16,17:
Ninguém, pois, vos julgue por causa
de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados,
porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é
de Cristo.
1 – O argumento
De acordo com o apóstolo, a Igreja de Colossos não
deve aceitar a imposição das leis de alimentos, festas, lua
nova ou sábados, pois estas coisas eram sombras de Cristo. Assim,
agora que Cristo já veio, não estamos obrigados a estas ordenanças, pois a cruz
de Cristo as derrubou.
2 - O contexto
Na carta aos Colossenses, Paulo está combatendo uma
heresia que misturava adoração de anjos e práticas ascéticas. Nessa mistura
estava o elemento judaizante que tentava escravizar os crentes
com festas e cerimônias judaicas, especialmente a circuncisão, a
guarda do sétimo e as festas mensais e anuais. Nesse capítulo
2, o foco de Paulo está na parte judaica da heresia. Começando com
verso 11, o apóstolo se concentra no fato que a circuncisão foi substituída
pelo batismo, desse modo não é mais obrigatória. Em seguida afirma
que a dívida que tínhamos com a Lei foi pregada na cruz com Cristo, por isso,
quando cremos em Cristo ficamos livres da condenação da Lei. E por fim, Paulo
faz uma aplicação falando sobre a questão das festas judaicas e do sábado nos
versos 16 e 17:
Portanto, ninguém vos julgue pelo
comer, ou pelo beber, ou por causa dedias de festa, ou de lua nova,
ou de sábados, que são sombras das coisas que haviam de vir;
mas o corpo é de Cristo.
3 – A cruz e os ritos judaicos
É importante dizer que em todo o Antigo Testamento
aparece umaconstrução literária que se repete em várias partes da Bíblia, e é a
mesma que Paulo usa aqui em Colossenses. A construção é a seguinte: “dias
de festa, lua nova, sábados”. Essa fórmula serve para indicar os dias
sagrados dos Judeus: anuais (Festas) mensais (Lua
Nova) e semanais (sábados).Nesses
versos 16-17, Paulo diz que a Cruz derrubou essa fórmula judaica e não estamos
obrigados a observá-las. Cristo já veio e cumpriu o significado de tais ritos.
4 - A razão do argumento
De acordo com Paulo, ninguém pode impor a observância
dos ritos judaicos pela seguinte razão (v.17): “porque tudo isso tem
sido sombra das coisasque haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”.
Todas as cerimônias do Antigo Testamento, incluindo a festa dos
tabernáculos, primícias e sábados, eram sombras e
preanunciavam a pessoa e a obra de Cristo. Como afirmou o Dr. Augustus
Nicodemos, “comida, bebida, dia de festas, lua nova ou sábado, eram
sombras, do Cristo que estava vindo desde o Antigo Testamento. A sombra dEle
estava projetada lá, mas quando Ele chegou, eu não preciso mais da sombra,
porque agora Ele está presente, e aqueles simbolismos não servem mais”.
A conclusão que se chega a partir desse primeiro texto
é que, após a morte e ressurreição de Jesus, todas as festividades judaicas
foram abolidas, pois cumpriram sua função temporária no anúncio da vinda do
Messias. Assim, após a cruz as festas judaicas não são obrigatórias para o
cristão.
II – Segundo texto: Gálatas 4.8-11:
Mas, quando não conhecíeis a Deus,
servíeis aos que por natureza não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes,
sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e
pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos,
e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco.
1 – O argumento de Paulo.
Como já vimos, os judaizantes ensinavam a
obrigatoriedade da circuncisão e da guarda das festas anuais e mensais dos
Judeus. Paulo refuta essa ideia dizendo que estas festas apontavam para o
Descendente que viria e que morreria na cruz. Paulo argumenta que observar
estas festas é uma ofensa à Cruz de Cristo, pois somos aceitos com base nos
méritos de Cristo que cumpriu a lei por nós.
2 – O contexto.
Paulo não podia tolerar ensinamentos que levassem
o povo de volta ás sombras do Antigo Testamento. A obra de Cristo foi consumada
na Cruz e não necessita de ritos judaicos. A lei foi dada bem depois que
Deus fez a promessa a Abraão (quatrocentos e trinta anos depois). Essa
mesma lei foi dada até que viesse o descendente, que é Cristo.
Segundo Paulo, até à vinda do Messias nós fomos aprisionados pela lei, para que
pudéssemos crer no Salvador que estava para vir. Mas agora que Cristo já
veio não precisamos mais daqueles ritos da lei, porque agora todos nós somos
filhos de Deus por meio da fé em Jesus Cristo (gálatas 3. 23-26).
Em Gálatas 4 Paulo está discutindo essa questão. E diz
que uma vez que Deus já enviou o seu descendente, e somos
filhos e herdeiros de Deus mediante a fé na Cruz, então é uma grande
loucura e tremenda afronta a Cristo o ato de voltar aos rudimentos fracos
e pobres, os quais nos tornariam novamente escravos da lei.
Ele diz:
“Como estais voltando, outra vez, aos
rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais
dias (sábados) e meses, (luas novas), e tempos, e
anos (festas anuais)” (Gl 4.10-11).
Será que Paulo poderia ter sido mais claro? Ele está
dizendo que observar estas festas é uma ofensa à Cruz de Cristo, portanto, “não
voltem para guardar tais cerimônias”. A implicação disso é que o cristianismo
santificou todos os dias e ocasiões, eliminando os chamados dias santos.
Portanto, a igreja cristã não celebra Pentecostes, Tabernáculo, Primícias ou
qualquer outra festa judaica, pois estas faziam parte do calendário judaico os
quais eram apenas tipos e sombras das
realidades espirituais que se cumpririam na Cruz. E tendo vindo a cruz, todas
elas foram revogadas.
Conclusão:
Nós não somos judaizantes. Não celebramos festas
judaicas. Não celebramos primícias, tabernáculos ou qualquer outra festa.
Celebramos apenas a ceia do Senhor, “pois também Cristo, nosso Cordeiro
pascal, foi imolado” (1 Co 5.7).
Mas, infelizmente tem muita gente voltando às sombras.
A ignorância do evangelho é assustadora. Por esta razão não pouparei palavras
para tais abusos: Se seu pastor celebra a festa dos tabernáculos, lamento te
dizer, mas ele é um apóstata, falso profeta. Se seu pastor celebra a festa das
primícias, lamento te informar, mas ele está enganando você. E se você mesmo
ainda permanece nessas práticas, lembre-se que o ato de voltar às sombras é uma
grande ofensa a Cruz.
Você é um cego guiado por um “apos-tolo cego”.
Você é um “sincero”, porém totalmente errado. Você é como um judeu do primeiro
século: cheio de zelo por Deus, porém sem nenhum entendimento do
Evangelho. Você não se sujeitou à justiça de Deus manifestada na Cruz de
Cristo, e estabeleceu a sua própria justiça (Romanos 10.2-4).
Minha esperança é que você se arrependa agora mesmo, e
volte-se para a simplicidade do evangelho apostólico. Artigo do Pr. Dorisvan Cunha .
Aproveito para te convidar a Assistir esse videio que fala sobre as festas Judaicas e sobre o Sábado como o Sétimo dia .
Aproveito para te convidar a Assistir esse videio que fala sobre as festas Judaicas e sobre o Sábado como o Sétimo dia .
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