Afiliação que gozamos pele fé não se destrói.

    “Perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores... porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso pai celestial vos perdoará a vos; se, porém, não perdoares aos homens as suas ofensas, também vosso Pai não vos perdoará as vossas ofensas” (Mat. 6: 12, 14, 15).

O pecado interrompe a comunhão filial. Até uma criancinha que sabe ter desobedecido á mãe, não se sente bem na presença dela.

  Ai está à essência desta advertência de Jesus. Se não perdoamos aos que nos ofendem nós permitimos que os laços de comunhão com nossos irmão fiquem rotos pela falta do perdão. Com isso sentimo-nos mal. Nossas orações são impedidas. A nuvem que separa de nós o nosso irmão, também esconde de nós o rosto de 
nosso Deus. Mas afiliação que gozamos pela fé não se destrói.


  A justificação não se anula.  Porém, nós perdemos a comunhão com Deus que é o privilégio de um filho, mas que o filho deixa de gozar por causa do mau procedimento. Deus não nos perdoa enquanto nós não perdoamos, isto é, enquanto não consertarmos os laços de comunhão e intimidade que gozávamos, ate que nós perdoemos e admitamos, de novo, ao nosso coração, aquele que nos ofendeu. O firme propósito de reconciliação já mais deve faltar em nós. A amargura nos contamina e nos separa do gôzo e da comunhão de Deus.

     O crente que não reconhece sua falha em não perdoar sofre, na perda da comunhão filial com Deus, mas não sofre a eterna perdição. “Mas si já ressuscitastes com cristo, buscai a purificação da vossa alma pelo espírito na obediência á verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando o exemplo, para que sigamos. No amor de Cristo.

 (Pr. Cícero Manuel.)